quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O código Da Vinci

Após o incontestável sucesso do best seller "O código Da Vinci", já era esperado uma grande expectativa em torno da adaptação da obra para o cinema.

A grande euforia do público em relação ao filme é resultado da tentativa frustrada de censura da igreja, que por sua vez acabou apenas repercutindo e popularizando ainda mais a obra. Não que o livro por ele mesmo não consiga cativar o público, mas o que realmente despertou a curiosidade de todos foi o grande alvoroço em censurar ou não o livro, o mesmo que alguns alegam deturpar a imagem bíblica de jesus como: "O problema é que o livro aborda a vida de Jesus de uma maneira completamente antibíblica, ofensiva e estarrecedora para os que nEle crêem. Assim como tantos outros ataques à integridade de Jesus Cristo, O Código Da Vinci declara que Jesus realmente existiu, mas que Ele era meramente humano e não ivino."

[http://www.chamada.com.br/mensagens/codigo_da_vinci.html]

Mas o que o filme conseguiu transpor para as telas? Diferentemente do livro, o filme por sua vez deixa a desejar no critério envolvimento com a trama, se por um lado o livro prende a atenção do início ao fim, o filme é um pouco monótono e carrega uma adaptação um pouco superficial cujo o excesso de informações, que eram necessárias para o bom entendimento da teoria da personificação de jesus, foram omitidas. Ron Howard, o diretor, acabou atropelando uma série de informações interessantes, como dar ênfase as obras de artes que guiam toda a trama, para poder se concentrar apenas na intriga policial, "cuspindo" informações soltas para cumprir o planejado. Apesar dos defeitos citados o filme também tem seu mérito, a fotografia do filme é bem elaborada, a última cena do louvre, por exemplo, é incrível, a explicação do quadro " a santa ceia" foi mais completa do que no próprio livro.

Em um balanciamento geral, acho o filme fraco, o próprio Tom Hanks que é, incontestavelmente, um dos atores mais poderosos de Hollywood sofre com a correria do diretor, ficando meio superficial sua interpretação, tendo que alterar o aspecto psicológico do personagem ao decorrer da trama.